_Estávamos em um passeio em um bosque lindo onde hoje e o
colégio de vocês. E lá estava uma criança pequena dentro de uma cesta no lago.
Minha esposa foi ate a cesta e viu o bebe chorando, sentiu tanta pena que pediu
que levasse ele para casa como nosso filho. De inicio não aceitei, mas ela me
convenceu no final.
_Zac não e filho de vocês... O meu Deus, então quem são os
pais biológicos dele?
_Não sabíamos ninguém procurou por ele, e por fim o criamos.
Minha mulher não podia ter filhos, aceitamos aquilo como uma benção. E ele
cresceu saudável, inteligente, bonito. Recebíamos muitos elogios de como
criamos ele. Algumas pessoas desconfiaram por não ter visto ela grávida. Mas nada
nos impediu de ser feliz.
Ana pela primeira vez reparou na ultima vez que esteve ali,
os dois não tinham nada parecido com ele. Nem a cor dos olhos. Sentiu tanta
pena deles, não sabia em quer culpar. Talvez tudo fosse culpa do amigo dele. Se
não tivesse ligado, Zac estaria em casa naquele momento, mas nunca teria
conhecido ela...
_Eu tenho uma coisa para te contar... Eu sei que o senhor vai
ficar confuso me achar louca... Eu vejo Zac, ele esta vivo!
Ela pode o sentir estremecer. O pai dele puxou sua mão e afastou
um pouco dele. Olhou para o chão, respirou profundamente, não queria falar
sobre seu filho. Que menina louca, ele esta morto! Bela chegou perto da amiga
em sinal para que ela parasse de falar sobre ele. Percebendo que o senhor ali não
estava se sentido muito bem, parecia estar doente.
_Ana...
_Bela, por favor... Busca uma água com açúcar para mim.
Ela não queria sair, mas acabou indo vasculhar a cozinha. Ana
voltou a se aproximar dele e tentar pegar na sua mão, mas ela não deixou que
ela o tocasse.
_O que você quer aqui? Vá embora, não sabe quem e meu filho,
ele nunca mais vai voltar.
_Eu sei que e estanho, mas eu posso vê-lo, ele esta vivo sim
e vou trazê-lo de volta para casa.
_Quem você pensa que e? Deus. Não pode trazê-lo de volta. Saia
da minha casa ou vou chamar a policia!
_O senhor tem que me ouvir, eu preciso saber onde
encontra-lo. Ele não quer que eu o ajude por uma coisa que aconteceu. Não sei
onde encontra-lo, preciso fazer alguma coisa por ele. Eu... eu amo seu filho.
Pela primeira vez ele olhou no rosto dela. Lagrimas escorriam
pelo seu rosto. Ela não parecia estar mentindo. E por que estaria? Como ela ama
alguém que nunca conheceu, que esta morta? Ele pensou duas vezes antes de
colocar a mão sobre a dela.
_Minha filha, não sabe o que esta falando... Ele não pode
voltar mais.
_Claro que pode... – ela enxugou as lagrimas, começou a
sentir raiva por ter colocado tudo a perder. Ela era a única que podia chegar
ate ele. Parece que esse tempo todo esteve com os ouvidos fechados, não o
ouviu. – no começo eu achei que estava louca, mas era ele tentando falar
comigo. Ele esta vivo, eu sei onde ele esta. Eu tenho que ir ate lá, mas antes
preciso aprender algumas coisas.
Bela pegou o copo, mas ao invés de colocar açúcar colocou
sal. Não percebeu parecia a mesma coisa. Foi indo para a sala, mas parou para
ouvir a conversar. Então ela sabia que podia ajuda-lo. Enfim tudo vai
recomeçar. Pegou o telefone e fez uma ligação.
_Alo?
_Oi sou eu... – sussurrou bem baixinho para que ninguém ouvisse
– estou ligando para falar que ela já sabe de tudo. Não sei mais o que fazer
aqui.
_Não saia de perto
dela nem por um segundo. Logo estarei pronto.
_Mas ela esta fazendo perguntas demais...
Tu tu tu.